Amor de pai e mãe para um filho é como um outro filho que nasce sem se notar. Sem festa nem santinho, sem charuto e sem visita. Ele nasce muito junto com o filho mas, ao contrário deste, não termina de nascer de uma vez, não nasce de um parto só. Nasce aos poucos, às vezes desnasce, retrai-se um pouco, não se mostra inteiro para não perder-se, o amor... cordão umbilical que une os seres.
O nosso amor para com os pais também sofre um estranho processo: fica covarde ao achar que por ser gratuito e tanto não vai acabar. Sabemos que não vai mesmo e contamos com ele como certo. Então passamos a viver as nossas vidas modernas, cheias de eloqüências e certezas, de projetos cheios de técnicas e otimizações. Oferecemos ao chefe honrarias de rei e à mãe um bom dia seco. Hora-extra no trabalho e cara feia para ajudar o pai na pintura do portão. Daí damos pra dizer que eles estão velhos, que não entendem nada de nada, que só sabem amar. Esquecemos que é necessária uma vida inteira para aprender essa lição.
O nosso amor para com os pais também sofre um estranho processo: fica covarde ao achar que por ser gratuito e tanto não vai acabar. Sabemos que não vai mesmo e contamos com ele como certo. Então passamos a viver as nossas vidas modernas, cheias de eloqüências e certezas, de projetos cheios de técnicas e otimizações. Oferecemos ao chefe honrarias de rei e à mãe um bom dia seco. Hora-extra no trabalho e cara feia para ajudar o pai na pintura do portão. Daí damos pra dizer que eles estão velhos, que não entendem nada de nada, que só sabem amar. Esquecemos que é necessária uma vida inteira para aprender essa lição.
2 comentários:
Meu irmão! Que texto lindo! Sou teu fã!
Ora, ora...
Valeu, véio... idem na mesma data.
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